Gestores exaustos conduzindo equipes cansadas – o que pode mudar esse cenário?

O artigo vai pincelar os principais sinais de problemas de gestores e equipes estafadas e sugerir mudanças, para que cada um possa verificar o quão bem (ou mal) se encontra no período atual.

Como identificar sinais de exaustão em gestores e equipes

Os gestores e suas equipes vivem um momento organizacional onde podem ter muitas perguntas, mas, têm uma falta muito grande de respostas aos seus anseios emocionais:

. Que eu faço com o meu medo?

. Como conviver com a minha ansiedade?

. Que eu faço com meus sentimentos e os da minha equipe?

Imagine que as coisas não estão indo bem com sua equipe, mas, você enquanto líder exausto não tem mais a capacidade de se importar com os problemas e necessidades da equipe, apenas tem a sensação de que algo está fora do lugar.

Você está ligado, mas, tem dificuldade em tomar decisões, em manter o foco e de raciocinar pelo cansaço, ou seja, sua empatia parece embotada.

Em tal caso, a neurociência organizacional nos alerta que a empatia consome muita energia cerebral.

Afinal, você precisa considerar todos de uma situação (e decisão) e como seu cérebro está no modo defesa/preservação – lidar com os problemas dos outros pode lhe trazer maior irritação.

Os principais sintomas de exaustão mental dos gestores e seus colaboradores no momento atual, tanto em homens como mulheres, são muito parecidos com: ter dificuldade para dormir, dores de cabeça, problemas gastrointestinais, falta de ar, diminuição de foco e concentração, irritabilidade e apatia.

O líder que se encontra com este quadro, acabará tendo um reflexo na equipe, mais cedo ou tarde – tais como, queda de produtividade, aumento de taxas de afastamento e de presenteísmo.

Entre as competências mais valorizadas nas lideranças organizacionais atualmente estão a resiliência, o alinhamento com a estratégia empresarial, a empatia e gestão humanizada.

Do mesmo modo, para as empresas o que realmente torna uma equipe bem-sucedida é ter muita expertise atualizada e objetivos muito claros.

Como você e sua equipe conseguirão mostrar essas competências tão apreciadas e até mesmo, serem resilientes, com uma sobrecarga sem fim emocional dos últimos anos de pandemia?

Lembre-se que ser resiliente é ter a capacidade emocional de viver situações críticas estrategicamente.

Como manter o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, períodos de descanso, sono de qualidade, entendimento sobre como o estresse age no próprio corpo e maneiras de gerenciar crises de ansiedade?

Uma cultura organizacional coerente, que esteja em consonância com seu time, colabora e é primordial para manter este equilíbrio.

Ou seja, a capacidade de resiliência, também, ocorre como uma das variáveis da história da cultura da sua empresa.

Qual é a cultura da sua organização em torno de preservar a saúde mental de colaboradores?

Prevenção do esgotamento mental entre líderes e liderados

Pesquisas recentes mostram que a redução da exaustão emocional e o burnout ocorrem, efetivamente, quando existe mudança nas práticas empresariais que estão apoiando a existências desses problemas socioemocionais.

Entre as más práticas de gestão empresarial que produzem exaustão, destaca-se o excesso de demandas sem recursos adequados; sobrecarga de trabalho; carência de autonomia de decisões; processo organizacionais numerosos e lentos, entre outros.

Assertivamente, a base que tornará   produtivos, você e sua equipe é a confiança mútua, depois vem a capacidade de lidar com o conflito, a aceitação da responsabilidade, o compromisso e, finalmente, o foco no resultado geral.

Mas, quando há colaboradores na equipe que, não se importam, se ela é bem-sucedida ou não, então mais cedo ou mais tarde a equipe se distanciará entre si e do gestor.

Agora, pense quanta mudança um grupo individual ou organização pode suportar?

É importante que você enquanto gestor reforce nessa busca os aprendizados anteriores de vida pessoal e profissional, fundamentais para poder começar a dar os primeiros passos.

Isso não vai resolver todas as questões; não vai responder todas as dúvidas de viver bem, mas poderá lhe colocar em um novo caminhar e a sua liderança será bastante relevante em relação a isso.

Da mesma forma, se você tem um histórico de mudanças realmente positivas, propositais e bem-sucedidas, uma boa estrutura organizacional potencializará isso, também.

Está ficando muito claro nas pesquisas organizacionais que, quando compartilhamos nossas visões, garantimos que as pessoas entendam a necessidade de mudança voltando-se à conscientização na ação.

Por que isso agora? E se nós não o fizermos, quais são os riscos e o custo de não mudar ou não mudar bem?

Em outras palavras, se as dificuldades nunca são reveladas, ou tudo o que existe é simplesmente escondido – em algum momento tudo poderá emergir, até de uma forma explosiva

Abrimos espaço em nosso mundo para transformações, quando acreditamos na mudança,quando as pessoas têm mais capacidade para lidar com elas individualmente, suas competências aumentam.

Então pense na sua capacidade de mudança e de sua equipe.

Talvez a natureza da mudança possa ser sinalizada de forma que você possa sequenciá-la ou minimizá-la ou escaloná-la ou posso comunicá-la.

E claro, quanto mais eficaz o gerenciamento de mudanças estiver em cada um dos colaboradores que compõe a sua equipe, eles se tornarão mais disruptivos, certo?

Quando o gestor é visto como parte da equipe, defende os seus interesses, promove propósito e senso de pertencimento, vai haver sempre o estímulo de criar uma identidade de equipe e, assim, você estará contribuindo para a prevenção do esgotamento mental entre liderados.

Lembre-se que a MRojas Talentos Humanos (www.mrojas.com.br) está sempre à sua disposição.

Por fim, você está procurando saber como os seus colaboradores estão se sentindo ultimamente?

Eliana Ozores — Ma. em Comunicação — ECA/USP

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